autoria: Rogério Miranda
Eu já fui cravo, eu já fui rosa
Eu hoje sou manjericão
Daqueles “miudinho”
Que as “moça” trazem na mão
Pra comemorar o centenário
A Tabajara abre a cortina do passado
Traz para a avenida a lenda de Chico Rei
Salve a Irmandade do Rosário
Segundo a história o escravo batizado
Viera da África em viagem sofrida
Trouxe de lá cultura e tradição
Situaram-se ma antiga Vila Rica
Lá no alto de São Benedito
Onde o sol e a lua “alumeia”
Lá no alto tem um cruzeiro, ah meu deus
Onde Nossa Senhora passeia
Organizaram a Irmandade do Rosário
Adquiriram a Mina da Escandideira
Chico Rei com cetro e manto coroado
É resistência, é identidade brasileira
Não sou escravo, eu sou Rei
Pelas ladeiras de Ouro Preto percorria
Cantava esses versos mais de uma vez
Com fé, devoção e poesia
Batendo caxambu
Bota o rei congo do congado pra sambar
Tira a mãe preta do cerrado
O índio quer carnavalizar
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